Bárbara Wagner (1980, Brasília, Brasil) e Benjamin de Burca (1975, Munique, Alemanha) estão interessados no documentário espacial e na arte que ambos partilham. As suas investigações mais recentes concentram-se em práticas colectivas e rituais tradicionais especificamente manifestados no corpo de jovens que vivem nas periferias do Nordeste do Brasil e que perdem as suas conotações de resistência simbólica para se tornarem produtos da indústria do turismo e do entretenimento. Trabalhando em colaboração desde 2011, Wagner e de Burca participaram no 33º Panorama de Arte Brasileira (São Paulo), 36ª EVA Internacional (Limerick), 32ª Bienal de São Paulo e no Skulptur Projekte 2017. Eles vivem e trabalham em Recife, Brasil.
João Nicolau será o eleito para o tradicional debate sob três perspectivas: crítica, do próprio realizador e da sua "família cinematográfica" (técnicos, actores), a decorrer no Sábado, dia 3 de Julho, às 19h30. Com a presença de Daniel Ribas, Telmo Churro, João Nicolau e Luís Urbano, Mário Castanheira e Mariana Ricardo.
Praia da Saudade, Piedade. Lá encontra-se o bar Paraíso do Mar, conhecido por sua deliciosa moqueca de cação e cerveja sempre gelada. Construído por Humberto Bezerra há mais de trinta anos, o lugar é gerido por sua viúva Dona Carminha e seu filho mais velho, Omar, e funciona como um dos focos da resistência local contra o avanço predatório da corporação petroleira Petrogreen. Quando o executivo paulista Aurélio chega, representando os interesses da Petrogreen, o cotidiano da família é abalado, trazendo à tona segredos há muito tempo escondidos e uma inusitada conexão com Sandro, dono de um cinema pornô do outro lado da cidade.